segunda-feira, 28 de maio de 2012

Conceito, causas e prevenção das deficiências intelectuais


Ao longo da trajetória histórica das deficiências o conceito de Necessidades Educacionais Especiais foi adotado e redefinido a partir da Declaração de Salamanca ( UNESCO, 1994), quando passou a abranger; todas as crianças e jovens cujas necessidades envolvam deficiências ou dificuldades de aprendizagem. Tanto as crianças em desvantagem como as chamadas superdotadas, bem como crianças em situação de risco, que trabalham, de populações remotas ou nômades, pertencentes a minorias étnicas ou culturais, e crianças
desfavorecidas ou marginais, bem como as que apresentam problemas de conduta ou de ordem emocional.
De acordo com Gomes (et alli) (2007 p. 16) o, número de alunos categorizados como deficientes mentais dói ampliado enormemente, abrangendo todos aqueles que não demonstram bom aproveitamento escolar e com dificuldades de seguir as normas disciplinares da escola. O aparecimento de novas terminologias, como as “necessidades educacionais especiais”, aumentaram a confusão entre os casos de deficiência mental e outros que apenas apresentam problemas na aprendizagem, por motivos que muitas vezes são devidos às próprias práticas escolares. Desta forma e diante das perspectivas histórico cultural o termo deficiência intelectual é recente e como afirma Sassaki (2005) aput Silva (2010 p. 210) Faz uma reflexão sobre o uso desses termos: ao longo dos anos a expressão Deficiência Mental foi amplamente utilizada. Nos últimos anos, no entanto, há uma tendência na adoção de Deficiência Intelectual, uma vez que essa nomenclatura refere-se ao funcionamento do intelecto e não ao funcionamento da mente como um todo.
As causas da deficiência intelectual são inúmeras e complexas, envolvendo fatores pré, peri e pós natais. O diagnóstico da causa é muito difícil, englobando fatores genéticos e ambientais.
Desta forma temos como causa as infecções e drogas na gravidez, as dificuldades no parto, prematuridade, meningites, traumas cranianos, etc. Lembrando que a mesma causa pode produzir efeitos muito diferentes em crianças. Casamentos entre parentes, idade materna avançada também são fatores que predispõe a deficiência. Sobre este tópico há de se desenvolver trabalhos posteriores referente ao tema.
Quanto a prevenção em tempos atuais se respalda em exames patológicos, exames de imagem, ressonância especifica, etc. O acompanhamento pré-natal adequado diagnostica infecções ou problemas maternos que podem ser tratados antes que ocorram danos ao feto.
Além disso, uma gestação com alimentação e práticas de vida saudáveis também favorecem o
desenvolvimento adequado do feto. Vários testes pós natal é a maneira mais efetiva de prevenção da deficiência intelectual em casos de fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito.
Do ponto de vista pós-natal, a aplicação de vacinas, alimentação adequada, ambiente familiar saudável e estimulador, cuidados relacionados aos acidentes na infância, aconselhamento genético para famílias com casos de deficiência existentes, também são poderosos aliados na prevenção. A inclusão social é um instrumento extremamente importante na determinação da qualidade de vida desta pessoa, pois lhe permite o acesso a todos os recursos da comunidade, que favorecerão o seu desenvolvimento global.

Izilda Rodrigues

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