Em visita a minha aluna Rosimar na Casa da Esperança, em janeiro de 2013. Quanta pureza neste sorriso! É sempre muito bom estar com ela!!! |
Me lembrou de um livro realmente extraordinário: ‘A lição final’ (de Randy Pausch), do qual, dentre tantas preciosidades, recordei lhe o seguinte: “Não podemos mudar. Temos de resolver como reagir. Não podemos trocar as cartas que recebemos, mas apenas pensar como jogar."
E é isso.. após 11 anos enclausurada em seu próprio corpo, ela triunfou.
Nada obstante as cartas “desfavoráveis” que recebeu, ou seja, os obstáculos inevitáveis que o autismo acarreta, ela provou o óbvio (esse tal óbvio que acorrenta tanta gente): que os obstáculos não estão ali para te impedir de seguir.. mas sim, para te dar a oportunidade de provar a força dos teus anseios... que eles tão somente existem para barrar aqueles que não querem realmente transpô-los.
Enfim, ela afirma e clama: “Eu tenho autismo, mas isso não é quem eu sou. Gaste um tempo para me conhecer antes de me julgar."
Quem dera tal tempo sempre fosse concedido. Há tanta pressa em uma rotulação, que as pessoas, sem se dar conta do real tamanho do seu atraso, não costumam esperar o tempo suficiente para serem surpreendidas, digo, não ultrapassam nem as mínimas barreiras para se permitir impressionar pelo outro.
“Moral da história: preste atenção. Mesmo onde você enxerga um vazio, pode ter gente dentro.”
É o tipo de história que inevitávelmente nos expulsa da cegueira e trivialidade cotidiana. Tal como um escapelo, ele corta a carne da alma de quem lê, e deixa, em letras "de letreiro de farmácia", o aviso: 'Acordem para ver o que tem que ser visto!”
História realmente emocionante deste grande ser humano que já não se encontra mais entre nós! Não esqueça jamais: "Não podemos trocar as cartas que recebemos, mas apenas pensar como jogar.” Randy Pausch
A partir da história da adolescente autista, lembrei-me desta linda mensagem, que também nos ensina muitas coisas...
Izilda Rodrigues
Deus Escolhe as mães
Deus pairou sobre a Terra, selecionando o seu instrumento de propagação com um grande carinho e compassivamente, enquanto Ele observava, Ele instruía seus anjos a tomarem nota em um grande livro:
- Para a mãe Sebastiana, um menino e o anjo da guarda Mateus.
- Para a mãe Maria, uma menina e como anjo da guarda Cecília.
- Para a mãe Fátima, gêmeos, e como anjo da guarda, mande Geraldo.
Pronunciando um nome, sorri e diz:
- Dê a ela uma criança deficiente.
O anjo cheio de curiosidade pergunta:
- Por que a ela Senhor? Ela é tão alegre...
- Exatamente por isso. Como eu poderia dar uma criança deficiente para uma mãe que não soubesse o valor de um sorriso? Seria cruel.
- Mas será que ela terá paciência?
- Eu não quero que ela tenha paciência porque, com certeza, se afogará no mar da autopiedade e desespero. Logo que o choque e o ressentimento passar, ela saberá como se conduzir.
- Senhor, eu a estava observando hoje, ela tem aquele forte sentimento de independência. Ela terá que ensinar a criança a viver no seu mundo e não vai ser fácil.
- E além do mais, Senhor, eu acho que ela nem acredita na sua existência.
Deus sorri.
- Não tem importância. Eu posso dar um jeito nisso. Ela é perfeita. Ela possui o egoísmo no ponto certo. O anjo engasgou.
- Egoísmo? E isso é, por acaso, uma virtude?
Deus acenou um sim e acrescentou:
- Se ela não conseguir se separar da criança de vez em quando, ela não sobreviverá. Essa é uma das mulheres que eu abençoarei com uma criança menos perfeita. Ela ainda não faz idéia, mas ela será também muito invejada. Sabe, ela nunca irá admitir uma palavra não dita, ela nunca irá considerar um passo adiante uma coisa comum. Quando sua criança disser 'mamãe' pela primeira vez, ela pressentirá que está presenciando um milagre. Quando ela descrever uma árvore ou um pôr do sol para seu filho cego, ela verá como poucos já conseguiram ver a minha obra. Eu a permitirei ver claramente coisas como a ignorância, crueldade, preconceito e a ajudarei a superar tudo. Ela nunca estará sozinha. Eu estarei ao seu lado cada minuto de sua vida, porque ela estará trabalhando junto comigo.
- E quem o senhor está pensando em mandar como anjo da guarda?
Deus sorriu.
Dê a ela um espelho, é o suficiente!'