sábado, 3 de novembro de 2012

Atendimento Educacional Especializado na Sala de Recursos Multifuncionais

Eu e Brendaw...
Eu e meu lindo aluno Brendaw. Perto dele ninguém fica sem sorrir! 
Estar ao lado de Luíz é um privilégio.. Aprendemos muito quando estamos juntos!!!
Este é Antônio.  As vezes reclama da vida, mas  na maioria das vezes é um amor!!! 
Brendaw recebeu sua medalha com muita alegria e entusiasmo!
Eu, minhas colegas de equipe, alunos e muita alegria. 
Luiz está concentrado na atividade...
Envolvidos e concentrados, cada um em sua atividade...Luíz,,  João Paulo e Kleizer realizando produção escrita.
A princesa Elfa entre dois lindos príncipes....




Trenzinho da alegria, da superação e da vontade de viver...

Vendinha na Sala de Recursos multifuncionais


Brendaw vai muito longe!
Um dos momentos inesquecíveis da vida de qualquer aluno é quando, pela primeira vez ele junta uma letrinha,mais outra e mais várias delas e começa a...ler!! É uma conquista tão importante que será usufruída pelo resto de sua vida e abrirá,a cada dia,uma nova janela para o mundo...e aqui, motivação é o que não falta! Não é Paulo Henrique???

Alunos encenando "Linda Rosa Juvenil"...Muito lindo!!!

O objetivo do Atendimento Educacional Especializado é atender alunos com Necessidades Educativas Especiais, objetivando o aprimoramento do seu processo de ensino aprendizagem, valorizando suas potencialidades.

Nunca o tema da inclusão esteve tão presente no dia a dia da educação. Cada vez mais professores estão percebendo que as diferenças não só devem ser aceitas, mas também acolhidas como subsídio para a construção do cenário escolar. E não se trata apenas de admitir a matrícula dessas crianças, isso nada mais é do que cumprir a lei. O que devemos fazer é oferecer serviços complementares, adotar práticas criativas na sala de aula, adaptar o projeto pedagógico, rever posturas e construir uma nova filosofia educativa. Aprender a conviver com as diferenças é um crescimento pessoal, um passo nas relações interpessoais.

A Declaração de Salamanca, 1994, afirma que todas as crianças tem necessidades e aprendizagens únicas, tem direito a ir à escola de sua comunidade, com acesso ao Ensino Regular, e os Sistemas Educacionais devem implementar programas, considerando a diversidade humana e desenvolvendo uma pedagogia voltada para a criança.

A Sala de Recursos Multifuncionais favorece o processo de inclusão educacional, trabalhando com alunos em turno inverso ao ensino regular à que estão matriculados.

Tenho ouvido muitos professores a respeito de inclusão, suas angústias, dúvidas e incertezas. Esta inquietação é o primeiro passo para buscar a mudança, revisar suas metodologias e repensar o objetivo maior da educação. Sabemos que não é fácil abrir mão de antigos conceitos, mas precisamos romper essas barreiras, pois já sabemos dos benefícios da Escola Inclusiva, não apenas para aquele que possui necessidades educacionais especiais, mas para todos, que crescem com a diversidade e, certamente, serão pessoas melhores no futuro.

O Atendimento Educacional Especializado é uma forma de garantir que sejam reconhecidas e atendidas as particularidades de cada aluno com deficiência, altas habilidades ou superdotado. Este pode ser em uma Sala de Recursos Multifuncionais, ou seja, um espaço organizado com materiais didáticos, pedagógicos, equipamentos e profissionais com formação para o atendimento às necessidades educacionais especiais, projetadas para oferecer suporte necessário às necessidades educacionais especiais dos alunos, favorecendo seu acesso ao conhecimento. Esse atendimento deverá ser paralelo ao horário das classes comuns. Uma mesma sala de recursos, conforme cronograma e horários, pode atender alunos com deficiência, altas habilidades/superdotação, dislexia, hiperatividade, déficit de atenção ou outras necessidades. O trabalho pedagógico deve ser sistemático, mediante: trabalho em pequenos grupos e/ou individualizado quando necessário cronograma de atendimento com vistas ao progresso global, adoção de estratégias funcionais na busca de alternativas para potencializar o cognitivo, emocional, social, motor e / ou neurológico. 

O trabalho a ser desenvolvido na sala multifuncional deverá partir dos interesses, necessidades e dificuldades de aprendizagem específicos de cada aluno, oferecendo subsídios pedagógicos, contribuindo  para   a  aprendizagem  dos conteúdos na classe comum e , utilizando-se ainda, de metodologias e estratégias diferenciadas.

O trabalho desenvolvido na sala multifuncional deve oportunizar autonomia, independência, e valorização das ideias dos alunos, desafiando-os a empreenderem o planejamento de suas atividades.

A  sala  multifuncional  é o local de apoio, estimulo ao crescimento, desenvolvimento e busca do saber, não é local para realização de atividades de reforço escolar.

Procedimentos  e  atividades  trabalhadas  no Atendimento Educacional Especializado

  • Leitura de textos informativos e livros que tragam ensinamentos com valores morais.
  • Muito diálogo entre professor e alunos e até mesmo, assuntos abordando a formação familiar para compreender e buscar ajustamento pessoal e social do educando.
  • Desenvolver  técnicas  relaxantes com fundo musical apropriado, histórias contadas,  fazendo  com  que  o  educando controle seus impulsos comportamentais  de  desequilíbrio  orgânico.
  • Utilizar jogos, quebra-cabeças, encaixes, pintura e desenho, massa de modelar, gravuras em seqüências buscando desenvolver a atenção, concentração, percepção, interesse, criatividade e coordenação motora.
  • Utilizar bonecos, dorso e esqueleto humano para melhor compreender as partes, os órgãos e suas funções no organismo.
  • Explorar vários objetos desenvolvendo os cinco sentidos, buscando relacioná-los de acordo com suas características.
  • Leitura do alfabeto e vários suportes de textos, silenciosa, oral, individual e coletivamente, até mesmo pelo professor.
  • Identificação e indicação das letras do alfabeto maiúsculo, vogais e consoantes, onde for indicado, expressando seu valor sonoro.
  • Interpretação oral e escrita de acordo com a proposta.
  • Expressão gráfica: oral e escrita, individual ou coletiva, de acordo com o conteúdo abordado respeitando as individualidades.
  • Propor sistematização de palavras, dentro de um contexto significativo usando recursos audiovisuais (palmas, abrir a boca, etc).
  • Atividades orais e escritas, individuais ou coletivas, faltando letras ou sílabas, iniciais ou finais, para indicar ou grafar corretamente, de acordo com o que for sugerido.
  • Produção ou reprodução oral ou escrita, individual ou coletiva a partir das sugestões indicadas.
  • Ordenação e elaboração de frases, orais ou escritas, individuais ou coletivas, a partir de vários recursos sugeridos.
  • Criar situações em que a oralidade e escrita se faça necessário (bilhetes, avisos, cartas, recados, propaganda, grafia de palavras, receitas e anúncios).
  • Trabalhar com propagandas de embalagens e rótulos, montando um painel para leitura diária, visando a assimilação da leitura e escrita.
  • Desenvolver atividades com o nome dos alunos não alfabetizados (crachás, bingo, quebra-cabeça, letra e sílaba inicial e final, letras móveis, comparação entre letras, valor sonoro das letras)
  • Utilização de diferentes linguagens (verbal, oral, escrita, gráfica, plástica e corporal) como meio para produzir e expressar suas idéias, atendendo a diferentes situações de comunicação.
  • Utilizar comunicação alternativa com alunos que ainda não desenvolveram a linguagem oral.
  • Conceitos básicos (número, classificação, seriação, ordenação, sequenciação  comparação, identificação de símbolos, contagem, quantificação e conservação).
  • Exploração de relações de tamanhos, cor, forma, espaço, distância, inclusão de classes, dentro, fora, em cima, embaixo, lateralidade, direção, posição e medidas de tempo, texturas, espessuras, peso e altura.
  • Reconhecimentos, registros, leitura, representação, composição e decomposição mental oral e escrita do sistema de numeração decimal.
  • Trabalhar o Xadrez e outros jogos que estimulem o raciocínio.
  • Propor formulação de hipóteses sobre grandeza numérica pela identificação da quantidade dos algarismos e da posição ocupada por eles na escrita numérica (Sistema de Numeração Decimal)
  • Atividades orais ou escritas de contagem em escalas ascendentes e descendentes de um em um, de dois em dois, cinco em cinco, de dez em dez, etc, a partir de qualquer número proposto.
  • Atividades de análise, interpretação, resolução e formulação de situações-problema, compreendendo oralmente ou através da escrita os cálculos indicados por cada operação (adição, subtração, multiplicação e divisão).
  • Reconhecimentos de que diferentes situações-problema podem ser resolvidas por uma única operação e de que diferentes operações podem resolver um problema (adição, subtração, multiplicação, divisão e a reversibilidade).
  • Para a aquisição do conhecimento, utilizar recursos, tais como: blocos lógicos, tampinhas, tampas, pinos de madeira, palitos, retalhos de tecidos, peças de madeira, sucatas, grãos, recursos visuais, jogos variados, cartelas (números, numerais, tabuada), bingos, encaixes, dominós, boliche, material dourado, construção de arquitetos, relógio, dados numéricos, fichas, Q.V.L., barras numéricas, caixas de inclusão de classe.
A avaliação  no Atendimento Educacional Especializado

É  um  processo que acompanha a aprendizagem dos alunos mediante observações e acompanhamento diário através de registros individuais.
É  uma avaliação sistemática, contínua e diagnóstica, que se realiza  num processo de interação professor/aluno, partindo do conhecimento que cada criança já tem, buscando chegar à competência desejada.
Contando com a participação crítica e responsável do aluno, buscando um efetivo diálogo e envolvimento com as atividades propostas, por meio de:

  • Participação
  • Colaboração
  • Interesse
  • Criatividade
  • Desenvoltura
  • Capacidade de observação
  • Questionamentos orais e escritos

Esse processo propiciará uma retomada de assuntos e atividades. Desse modo o professor poderá aprofundar conteúdos ou comportamentos e redimensionar o planejamento, a fim de melhorar sua eficiência, conforme as necessidades.


Texto escrito por: Izilda Rodrigues

2 comentários:

  1. Parabens Izilda pela construção do blog e por organizá-lo com artigos e experiências vivenciadas na sua prática do dia a dia . Siga em frente nesta caminhada, pois com certeza as abordagens aqui citadas, serão muito úteis para ajudar as pessoas a se conscientizaram sobre a importância da promoção do direito inerente dos nossos alunos especiais. Lutar por aquilo que se acredita é muito importante e é muito bom saber que de alguma forma você está apresentando possibilidades que somarão no desenvolvimento desses alunos, com intuito de proporcionar melhoria na vida pessoal e educacional de cada um deles.
    Beijoss, te admiro muito pela sua competência profissional e pela pessoa maravilhosa que é!

    ResponderExcluir
  2. Santa luz,30 de abril de 20013
    Olá colega! Sou Edsandra Cardozo, professora do AEE da Escola Municipal Dulcelita Bahia de Araujo, na cidade de Santa luz, Ba. É muito bom saber que existe pessoas que possam estar dispostas a mostrar suas vivencias e ajudar pessoas como eu, pois ainda não conseguir colocar em pratica uma metodologia que desenvolva e realmente proporcione um melhor desenvolvimento dos alunos pelos inúmeros entraves da educação inclusiva, assim fico muito grata,e espero que possamos nos comunicar e trocarmos experiências, mesmo que ainda não possua muitas. Obrigada, e espero que possamos no encontrar mais vezes pelo blolg!

    ResponderExcluir