quarta-feira, 30 de maio de 2012

Educar é crescer...


Sem educação somos um povo amorfo , 
sem educação estamos a mercê daqueles 
que teimam em ser os donos do mundo 
e dos nosso destinos, 
um povo culto sabe exigir , 
um povo com educação sabe contestar, 
um povo culto é um povo livre....
Cultura e Educação, binômio de LIBERDADE!
A melhor de todas as coisas é aprender.
O dinheiro pode ser perdido ou roubado, 
a saúde e a força podem falhar,
mas o que você dedicou á sua mente é seu para sempre"


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Conceito, causas e prevenção das deficiências intelectuais


Ao longo da trajetória histórica das deficiências o conceito de Necessidades Educacionais Especiais foi adotado e redefinido a partir da Declaração de Salamanca ( UNESCO, 1994), quando passou a abranger; todas as crianças e jovens cujas necessidades envolvam deficiências ou dificuldades de aprendizagem. Tanto as crianças em desvantagem como as chamadas superdotadas, bem como crianças em situação de risco, que trabalham, de populações remotas ou nômades, pertencentes a minorias étnicas ou culturais, e crianças
desfavorecidas ou marginais, bem como as que apresentam problemas de conduta ou de ordem emocional.
De acordo com Gomes (et alli) (2007 p. 16) o, número de alunos categorizados como deficientes mentais dói ampliado enormemente, abrangendo todos aqueles que não demonstram bom aproveitamento escolar e com dificuldades de seguir as normas disciplinares da escola. O aparecimento de novas terminologias, como as “necessidades educacionais especiais”, aumentaram a confusão entre os casos de deficiência mental e outros que apenas apresentam problemas na aprendizagem, por motivos que muitas vezes são devidos às próprias práticas escolares. Desta forma e diante das perspectivas histórico cultural o termo deficiência intelectual é recente e como afirma Sassaki (2005) aput Silva (2010 p. 210) Faz uma reflexão sobre o uso desses termos: ao longo dos anos a expressão Deficiência Mental foi amplamente utilizada. Nos últimos anos, no entanto, há uma tendência na adoção de Deficiência Intelectual, uma vez que essa nomenclatura refere-se ao funcionamento do intelecto e não ao funcionamento da mente como um todo.
As causas da deficiência intelectual são inúmeras e complexas, envolvendo fatores pré, peri e pós natais. O diagnóstico da causa é muito difícil, englobando fatores genéticos e ambientais.
Desta forma temos como causa as infecções e drogas na gravidez, as dificuldades no parto, prematuridade, meningites, traumas cranianos, etc. Lembrando que a mesma causa pode produzir efeitos muito diferentes em crianças. Casamentos entre parentes, idade materna avançada também são fatores que predispõe a deficiência. Sobre este tópico há de se desenvolver trabalhos posteriores referente ao tema.
Quanto a prevenção em tempos atuais se respalda em exames patológicos, exames de imagem, ressonância especifica, etc. O acompanhamento pré-natal adequado diagnostica infecções ou problemas maternos que podem ser tratados antes que ocorram danos ao feto.
Além disso, uma gestação com alimentação e práticas de vida saudáveis também favorecem o
desenvolvimento adequado do feto. Vários testes pós natal é a maneira mais efetiva de prevenção da deficiência intelectual em casos de fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito.
Do ponto de vista pós-natal, a aplicação de vacinas, alimentação adequada, ambiente familiar saudável e estimulador, cuidados relacionados aos acidentes na infância, aconselhamento genético para famílias com casos de deficiência existentes, também são poderosos aliados na prevenção. A inclusão social é um instrumento extremamente importante na determinação da qualidade de vida desta pessoa, pois lhe permite o acesso a todos os recursos da comunidade, que favorecerão o seu desenvolvimento global.

Izilda Rodrigues

domingo, 27 de maio de 2012

Reflexões sobre o desenvolvimento da aprendizagem das crianças com Necessidades Educacionais Especiais...

                          
Os estudos sobre o desenvolvimento das crianças com NEE  se destacam devido a Lev Seminovich Vigotsky que no inicio do século XX apresentou novas concepções sobre o desenvolvimento humano. As crianças especiais têm um processo diferente de desenvolvimento. Em alguns casos apresentam desmotivação e incômodo com as tarefas escolares por um sentimento de incapacidade, que leva a frustração.
Os professores precisam ter um olhar diferenciado para estas crianças, trabalhando e identificando suas potencialidades e habilidades. A maioria das escolas de hoje são muito conteudistas. É preciso mudar a forma de ensinar para mudar a forma de aprender. É preconceito achar que todos aprendem da mesma forma. Existem diferentes formas de promover o desenvolvimento das crianças.
Para obter resultados concretos é preciso ser feito um trabalho em conjunto entre pais, psicólogos, psicopedagogos, escolas e professores, que deverão estar envolvidos com um único objetivo: ajudar a criança.
O primeiro passo é compreender como a criança aprende, certos de que todas as crianças podem aprender, mas não em qualquer situação. A aprendizagem se dá a todo momento da vida. Para que possa aprender a criança precisa se envolver no processo de aprendizagem, interagir seja com o adulto ou com o meio. Com a criança especial, a principio trancafiada em casa no convívio familiar, não era exposta a sociedade, este processo também acontece. Hoje exposta em um ambiente em que se sinta desafiada a tentar mais, a desenvolver seu potencial, ela acaba sendo relegada a um cantinho da sala, executando uma tarefa simples qualquer sem nenhum objetivo pedagógico.
Segundo SILVA et alli (2010, p. 211), Vygotsky afirma que “é importante ter uma visão positiva da deficiência, pois uma criança com deficiência não é uma criança defeituosa”. Seus 15 estudos foram focalizados em como se dava o desenvolvimento dessas crianças a partir dos pressupostos gerais que orientavam a sua concepção do desenvolvimento de pessoas consideradas normais. Para Vygotsky de acordo com Silva (2010 p. 210), o desenvolvimento de uma criança sem deficiência e de uma criança com deficiência segue as mesmas leis gerais; a diferença encontra-se nas peculiaridades do desenvolvimento de cada uma, determinando formas singulares de interlocução com outros e de intervenção no mundo.
Partindo desses pressupostos ele destacou somente aspectos qualitativos desses indivíduos, que fizeram com que as crianças com NEE, fossem não simplesmente menos desenvolvidas em determinados aspectos, mas sujeito que se desenvolvessem de uma outra maneira. Tal análise possibilitou uma compreensão dialética do desenvolvimento, na qual os aspectos tidos como normais e especiais interagem constituindo os sujeitos com necessidades especiais. Vygotsky apud Monteiro (1989 p. 89) em seus estudos; centrou sua atenção nas habilidades e que tais crianças possuíam, habilidades estas que poderiam formar bases para o desenvolvimento de suas
capacidades integrais, mostrando interesse mais pela força do que por suas falhas, rejeitando as descrições quantitativas por ser instrumentos com visão incompleta ou unidimensional sobre a criança. Preferiu, então, confiar nas descrições qualitativas da organização de seus comportamentos. Para este pesquisador a qualidade do aprendizado do educando com deficiência sobrepõe a quantidade de conteúdos. Monteiro (1989 p. 94) ainda continua dizendo que; desde os primeiros anos de vida, a criança que apresenta uma deficiência ocupa uma certa posição social especial, onde sua relação com o mundo ocorre de maneira diferente das crianças “normais”. Geralmente atribuí-se uma série de qualidades negativas às pessoas com deficiências, e fala-se muito sobre as dificuldades de seus desempenhos, por pouco se conhece das suas particularidades positivas.
Desse modo, homogeneiza-se suas características, falando muito de suas falhas esquecendo-se de falar sobre as características positivas que as constituem como pessoa. “É impossível apoiar-se no que falta a sua criança, naquilo que ela não é. Torna-se necessário ter uma idéia, ainda que seja vaga, sobre o que ela possui, sobre o que ela é”.(VYGOTSKY apud MONTEIRO, 1989, p.102).
Na educação especial, o importante é conhecer como o aluno se desenvolve, ou seja, enfatiza não a deficiência em si mesma, não o que falta, porém como se apresenta o processo de desenvolvimento; como ele interage com o mundo: como organiza seus sistemas de compreensão; as trocas; as mediações que auxiliam na sua aprendizagem; a participação ou exclusão da vida social; a sua história de vida. Deve-se reconhecer que a deficiência possui uma dupla influência no desenvolvimento, se por um lado atua como limitação, criando obstáculos, prejuízos e dificuldades, por outro serve como estímulo para o desenvolvimento das vidas de adaptação, canais de compreensão.
Quando se limita a oportunidade de integração do educando com necessidade especial em relação ao seu contexto social interfere em seu desenvolvimento. A sua exclusão do meio social lhe traz complicações de um desenvolvimento social insuficiente, com considerável prejuízo na aprendizagem e no desenvolvimento.
A escola, por sua vez, é um espaço interativo por excelência, possuindo grande papel no desenvolvimento, oportunizando a integração social, impulsionando a aprendizagem, criando zonas de desenvolvimento proximal, propiciando as compensações às necessidades especiais, tornando-se necessário entender como são desenvolvidas as propostas educacionais voltadas às crianças com NEE, pois “o aprendizado é uma das principais fontes da criança em idade escolar, e é também uma poderosa força que direciona o seu desenvolvimento, determinando o destino de todo o seu desenvolvimento mental.” (VYGOTSKY apud MONTEIRO, 1989, p.74).
Uma das preocupações de Vygotsky foi analisar as práticas institucionais da educação especial, pois reconhecia o grande papel da aprendizagem escolar no desenvolvimento das crianças com necessidades especiais. Ele criticou a prática de isolamento das propostas da escola especial. Por encerrar o aluno com necessidades especiais criando um mundo pequeno estreitando as suas oportunidades, acomodando-se.

Izilda Rodrigues


Jaqueline canta: Quão grande é o meu Deus...

Incrivelmente Lindo!

Momentos e reflexões sobre INCLUSÃO












A inclusão é um movimento social que desafia a escola e a todas as pessoas envolvidas no processo, sendo assim a escola se torna um local da diversidade, que se reflete na quantidade de recursos e estratégias de ensino com o principal objetivo: motivar as crianças e fazer com que elas aprendam. Ao profissional da educação, cabe ser criativo e dinâmico, buscando sempre novas metodologias e novas idéias tornando assim as aulas mais interessantes e isso está diretamente ligado ao aprendizado do aluno com necessidades especiais. O professor deve estar sempre se atualizando e buscando novas formas de construir o conhecimento com o aluno. E isto pode ser feito através de atividades lúdicas que na maioria das vezes acontecem com materiais alternativos e de fácil acesso do professor e até mesmo do aluno.
Em vez de um professor rigoroso do ponto de vista comportamental, talvez seja melhor investir no professor como parceiro mais experiente, entusiasta de conquistas. [...] A didática também pode ser envolvente. Em vez de longas fórmulas para decorar, problemas que envolvam áreas distintas do conhecimento e fontes diversas como livros, internet colegas. Em vez do mecânico, o lúdico. Em vez do teórico, o prático [...].(CHALITA, 2001,p 82)
O que pode motivar a criança especial para a aprendizagem? O que realmente motiva as crianças especiais inseridas no ensino regular a participarem das atividades de ensino e aprendizagem em sala de aula, bem como o que o professor pode fazer para favorecer essa motivação. Este dilema aflige todo e qualquer professor que realmente se importa com o fato de seus objetivos didáticos – pedagógicos estarem sendo atingidos ou não.
A criança especial precisa ser estimulada a ter uma boa auto-estima, a aceitar seu modo único de ser; procurando um desenvolvimento conjunto, com igualdade de oportunidades para todos e respeito a diversidade humana e cultural. Um dos insucessos entre as crianças especiais é a falta de motivação para a aprendizagem, pois muitas tem a consciência de que são incapazes. O processo de aprendizagem é pessoal, sendo resultado de construção. Desta forma a aprendizagem numa perspectiva cognitivo-construtivista, é como uma construção pessoal resultante de um processo experimental interior a pessoa e que se manifesta por uma modificação de comportamento. Cabe aos educadores proporcionar situações de interação tais, que despertem no educando especial motivação para interagir com o objeto do conhecimento, com seus colegas e professores. O processo de desenvolvimento dá-se na diversidade e na qualidade das suas interações. Diante deste contexto percebe-se que a motivação deve ser considerada pelos professores de forma cuidadosa, procurando mobilizar as capacidades e potencial dos alunos especiais. É fundamental que a criança queira dominar algumas competências. O desejo de realização é a própria motivação, assim o professor deve fornecer ao aluno o conhecimento de seus avanços.
                                                 
Izilda Rodrigues

Micareta APAE 2012














A APAE de Ipatinga conta com aproximadamente 189 funcionários. Apresenta vários projetos voltados para a pessoa com Deficiência, dentre eles com destaque para a família, esporte e mercado de trabalho. Com a participação de cada um poderemos contribuir para proporcionar uma vida melhor à aqueles que necessitam de educação especial.
Enfim, nós sabemos que todo brasileiro tem direito à educação, à saúde, à moradia, ao trabalho, ao amparo na velhice. Estes direitos de todos os cidadãos estão expressos na constituição, e são ratificados por outras leis específicas. Pena que as leis não são fielmente cumpridas. No caso das pessoas com deficiências, o direito a cidadania muitas vezes é brutalmente agredido. E as necessidades mais básicas da grande maioria destas pessoas não estão sendo atendidas.
É preciso que a sociedade se mobilize. É preciso que as autoridades se sensibilizem. É preciso fazer cumprir as leis...Não podemos ficar estáticos!
Trazer a diversão e a alegria para atividades lúdico-pedagógicas foi a proposta da Micareta Folia, promovida pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Ipatinga. Cerca de 250 alunos participaram da festividade. A Micareta Folia está em sua quarta edição e, este ano, contou com participantes das Apaes de Coronel Fabriciano e Timóteo. A proposta nasceu da intenção de trabalhar a diversão, a fim de envolver alunos com deficiências múltiplas. Entre crianças, adolescentes e adultos, o público se encantou com o teatro de fantoche realizado pelos educadores. A atividade busca desconstruir o preconceito. O que se vê são pessoas se divertindo, sem diferenciação de suas limitações. Atividades lúdico-pedagógicas possibilitam funcionalizar a equipe de educadores.  Muitos alunos são introspectivos e com dificuldades de se socializarem. Com a brincadeira, eles têm a oportunidade de interagir com os colegas, família e profissionais da escola. A proposta os tira da rotina. E possibilita o tato, o contato, a arte, as expressões, os sorrisos e o envolvimento. Foi demais!!!

Izilda Rodrigues

Esperança Circo Show















A grande maioria dos integrantes do  Esperança Circo Show são internos da NAEMC – Casa da Esperança.  O projeto Casa da Esperança tem a finalidade de assistir e abrigar pessoas com seqüelas de Paralisia Cerebral, de diversas etiologias, na condição de abandonadas e/ou social e economicamente carentes.  Na Casa funciona a Escola de Circo, Esperança Circo Show, a Capoeira e outras oficinas.  
Os artistas deste Circo Especial  são como Anjos na Terra... Artistas maravilhosos que nos ensinam a viver, a sentir e a amar!!!

Izilda Rodrigues







Analisando e compartilhando boas experiências...

O direito do aluno com necessidades educativas especiais e de todos os cidadãos à educação é um direito constitucional. A garantia de uma educação de qualidade para todos implica, dentre outros fatores, um redimensionamento da escola no que consiste não somente na aceitação, mas também na valorização das diferenças. Esta valorização se efetua pelo resgate dos valores culturais, os que fortalecem identidade individual e coletiva, bem como pelo respeito ao ato de aprender e de construir.
            Fala-se aqui de uma escola que se prepara para enfrentar o desafio de oferecer uma educação inclusiva e de qualidade para todos os seus alunos. Considerando que, cada aluno numa sala de aula apresenta características próprias e um conjunto de valores e informações que os tornam únicos e especiais, constituindo uma diversidade na tentativa de construir um novo conceito do processo ensino aprendizagem, eliminando definitivamente o seu caráter segregacionista, de modo que seja incluído neste processo todos que dele, por direito, são sujeitos. Esta motivação será fator determinante para que ocorra a aprendizagem da criança especial. A prática educativa é bastante complexa, pois o contexto de sala de aula traz questões de ordem afetiva, emocional, motora, cognitiva, física e de relação pessoal.
            Aprender é uma tarefa árdua, na qual se convive o tempo inteiro com o que ainda não é conhecido. A qualidade da intervenção do professor sobre o aluno ou grupo de alunos, os materiais didáticos, horários, espaço, organização e estrutura das classes, a seleção de conteúdos e a proposição de atividades concorrem para que o caminho a ser percorrido pelo aluno seja de
sucesso ou não.
            É preciso dar sentido aos conteúdos buscando sempre práticas pedagógicas criativas, estimulando, respeitando o ritmo da criança fazendo com que a deficiência não determine até onde a criança pode chegar.
            No início de 2010 me vi a frente de um desafio na Escola M. Levindo Mariano, assumir uma turma de 3° ano 100% homogênea. Todas as crianças com Necessidades Educacionais Especiais,  com um histórico de repetência e muita indisciplina. Lembrando que  o termo NEE não está ligado especificamente a deficiências e sim a problemas de aprendizagem.
            Procurei a princípio ganhar a confiança dos alunos, fiz com que eles entendessem o real motivo de estarmos ali. Fiz um propósito em meu coração de fazer a diferença para aquelas crianças! Procurei trabalhar com uma metodologia diferenciada. E quando a gente acredita no que faz podemos ter a certeza de que tudo dá certo. A turminha foi um sucesso, sendo que foi respeitado o rítmo e potencialidades de cada um dos educandos,,.


  Izilda Rodrigues



Comunicação Alternativa para Crianças Autistas

Trabalho na APAE de Ipatinga com o Método TEACCH com crianças autistas. O método TEACCH  é um meio de comunicação alternativa.
O método se baseia na organização do ambiente físico através de rotinas organizadas em quadros, painéis ou agendas - e sistemas de trabalho, de forma a adaptar o ambiente para tornar mais fácil para o aluno compreender o que se espera dele.
Os princípios norteadores deste método são:
·         Apoio visual
·         Rotinas
·         Sistema de trabalho
·         Estrutura física
·         Programação diária

      O programa segue três princípios básicos: ambiente estruturado, comunicação alternativa e programa educacional individualizado. O espaço físico da aula é organizado de forma a ter poucos objetos e ser previsível reduzindo a ansiedade das crianças (Osbourn & Scott, 2004, Panerai, Ferrante & Zingale, 2002, Dawson & Osterling 1997). Esses cuidados são importantes para que a criança seja capaz de se concentrar e não se engaje em comportamentos que dificultem seu desenvolvimento e causem sofrimento.
                 Faço  uso da comunicação alternativa com cada um dos meus alunos de acordo com o seu desenvolvimento: fala, sinais, figuras, palavras escritas. As atividades são individualizadas, claras e objetivas propostas de acordo com a capacidade da criança (Panerai, Ferrante & Zingale, 2002). Para estimular a independência a criança tem conhecimento de toda a rotina de como será realizada a aula, da ordem de realização das tarefas, bem como o início e fim das atividades por apoio visual. São utilizados quadrados que sinalizam o início e fim das atividades uma vez que são marcados (Dawson & Osterling, 1997). Cada criança tem sua rotina que fica a vista para que ela esteja ciente do que vai acontecer em cada etapa da aula (Panerai, Ferrante & Zingale, 2002).

           A aquisição de habilidades é feita em uma estrutura organizada, previsível, com poucas distrações, em função disso uma vez que a criança conquista determinada habilidade ela é ensinada utilizar em ambientes progressivamente menos estruturados. A criança gradualmente recebe menos apoio dos adultos para realizar as tarefas. O programa tem a característica de promover o desenvolvimento do funcionamento independente e trabalha dentro das possibilidades das crianças.
                 Segue abaixo  fotos do trabalho que desenvolvo com meus alunos autistas, mostrando a estruturação do ambiente.








Concluindo: As intervenções devem ser centradas nas potencialidades e necessidades de cada criança respeitando sua individualidade. Os pais são importantes aliados para o sucesso da intervenção, portanto é fundamental não apenas informá-los, mas instrumentalizá-los para potencializar o desenvolvimento da criança.


Izilda Rodrigues 

Quem sou eu?




                                   

Eu sou uma pessoa normal.
Mas o que é ser normal?
Será que ser normal é: ter braços, pernas, ser bonita, ter uma boa
aparência, falar, escrever e ler.
Conheço pessoas que são especiais.
O que é ser especial?
Ser especial é: ter força de vontade, lutar todos os dias para
sobreviver, lutar contra o preconceito e ser feliz.
Quando olho, para uma criança especial, ela está sempre sorrindo.
Porque será que nós normais, não sorrimos assim como elas?
Vivemos num mundo, onde não reconhecemos, o valor das ações
simples.
Como um obrigado, o valor de uma amizade, o simples fato de
estar chovendo, o arco-íris, o sol, a lua, são coisas as quais não damos
o devido valor.
Acontecimento do dia a dia como algo normal.
Mas não é.
Essas coisas são especiais para os nossos olhos, sem elas não
sobrevivemos.
As crianças, os adultos especiais são pessoas indiscutíveis com
elas aprendemos, a viver, a sorrir, a amar e a ser feliz.