A Educação Inclusiva vem sendo construída em nossa escola de forma gradativa com muitas aprendizagens por parte de todos os envolvidos. Este modelo educacional acontece, sendo fruto da cooperação e da fraternidade, do reconhecimento e do valor das diferenças, não excluindo a interação com todo conhecimento científico sistematizado.
Acredito que a educação só pode ser realizada a partir da formação integral do educando, mais de acordo com suas capacidades e talentos, dentro uma forma acolhedora, com ensino participativo e solidário. Muitos são os caminhos a seguir para que tenhamos um ensino de qualidade, mas precisamos ter uma postura ética e transformadora, para trabalharmos as mudanças na educação no coletivo.
A inclusão, conforme se pretende, constitui-se- em uma oportunidade plena de realizações e vitórias aos alunos, com ou sem necessidades educacionais especiais, pelas enriquecedoras trocas que propicia, pelos valores positivos que inculca (reconhecimento da diversidade, respeito às diferenças, etc.) e pelas variadas situações de aprendizagem que possibilita através da interação entre os alunos.
Uma sociedade democrática é uma sociedade para todos; uma escola democrática é uma escola para todos. Inclusão é, antes de tudo, uma questão de ética.
E quem ganha com a inclusão? Ganham todos. Ganham os alunos com deficiência, que têm a oportunidade de vivenciar a riqueza do espaço escolar, de conviver com parceiros que lhes oferecem modelos de ação e aprendizado impensáveis em uma educação segregada.
Ganham também as outras crianças, que aprendem a conviver com a diversidade, aprendem a respeitar e a conviver com a diferença. Serão, certamente, adultos muito melhores, muito mais flexíveis.
Ganham os educadores, que enriquecem sua formação e sua prática, pelo crescimento que o desafio de educar a todos lhes proporciona.
Ganham as famílias, que passam a ver seu filho como um cidadão que tem direito de partilhar dos recursos de sua comunidade.
Ganha, em última instância, a comunidade como um todo, que se torna um espaço mais democrático, que entende que todos os seus membros são igualmente dignos.
Izilda Rodrigues