sábado, 9 de junho de 2012

Lionel Messi - A história do menino autista aos 8 anos e anão aos 13

ELE NÃO É DESSE MUNDO?

 O Brasil jogou bem, mas o Messi deu show e acabou com o jogo! Brasil 3 x 4 Argentina em um jogo com 3 viradas e belos gols do melhor do mundo!
Uma lição de vida...Lionel Messi.
Nem Cruijff nem Ronaldinho. E nem Maradona. Para os adeptos do Barça a oitava maravilha é Messi. Eis uma história, uma lição de vida, que encanta Camp Nou.
É uma desforra bem pessoal, a história do menino autista aos 8 anos, anão aos 13, que via o mundo a 1,10 metros do solo. É esse mesmo, Lionel Messi, que botou corpo à base de tratamentos hormonais e que, 59 centímetros depois, encanta o mundo do futebol, naquele jeito singularíssimo de conduzir a bola colada ao genial pé esquerdo, como se o couro redondo fosse um mano siamês, uma mera extensão corporal, um órgão vital, inseparável. E Barcelona rende-se ao talento de "La Pulga". E os adversários caem aos pés de um talento puro e raro.
E por muito talento que tivesse para jogar à bola, estaria o rapaz consciente do destino glorioso que lhe estava reservado?
O miúdo de 16 anos que vestiu pela primeira vez a camisola da equipa principal do Barcelona num jogo com o F. C. Porto, a 16 de Novembro de 2003, na inauguração do Estádio do Dragão, o Lionel Messi que agora caminha sobre a água, é ainda o mesmo menino que sobrevoou o Atlântico, em 2000, para se curar de uma patologia hormonal. Lá na Argentina, na Rosário natal, os prognósticos médicos eram arrasadores: sem tratamento eficaz contra o nanismo, Lionel chegaria à idade adulta com 1,50 metros, no máximo.
Os diagnósticos alarmaram os Messi. E o custo dos curativos também: mil euros mensais, ou seja, quatro meses de rendimentos da família de La Heras, um bairro pobre de Rosário. Mas o pai de Lionel não se resignou. Sabia que o filho, pequeno no corpo, era gigante no talento. E não aceitou a fatalidade. Nessa altura, o prodígio de dez anos despontava no Newells Boys, fintando meninos com o dobro do tamanho e marcando golos atrás de golos. O pai sugeriu ao clube que pagasse os tratamentos de Lionel. A resposta foi negativa. E o mesmo sucedeu quando os Messi foram bater à porta do grande River Plate.
Na adversidade, a família Messi teve mais força, com a ajuda de uma tia de Lionel, emigrada na Catalunha. E foi assim, em 2000, ainda antes de completar 13 anos, que Lionel e os pais viajaram até Lérida. Dias depois, o pequeno prodígio foi fazer testes ao Barcelona... E com a bola quase a dar-lhe pelos joelhos, aquela habilidade enorme logo maravilhou os treinadores do Barça.
Carles Rexach, director do centro de formação do Barcelona, ficou maravilhado com o prodigiozinho argentino. Ao cabo de dois treinos, não hesitou e logo tratou de arranjar contrato. E ficou espantado com a proposta do pai do craque: o Barça só tinha de lhe pagar os tratamentos que os médicos argentinos sugeriam. Foi dito e feito.
Durante 42 meses, Lionel levou, todos os dias, injecções de somatropina, hormona de crescimento inscrita na tabela de produtos proibidos pela Agência Mundial Antidopagem e só autorizada para fins terapêuticos. Em 2003, a milagrosa hormona fizera de Lionel o que ele é hoje, um rapagão de... 1,69 metros!
No Verão de 2004, acabadinho de fazer 17 anos, e já com contrato profissional, entrou para a equipa B do Barça. Mas fez só cinco jogos, porque aquele enorme talento não cabia no "Miniestadi". Reclamava palcos maiores. E rapidamente começou a jogar no Camp Nou, na equipa principal. A 16 de Outubro de 2004, o prodígio fez a grande estreia na liga espanhola, num dérbi com o Espanhol. A 1 de Maio de 2005 entrou para a história do Barça: marcou ao Albacete e tornou-se no mais jovem jogador a marcar um golo pelo Barcelona. Aos 17 anos, dez meses e sete dias, começou a lenda.
Cinco anos depois, Messi teve a consagração absoluta. Foi eleito Melhor Jogador do Mundo de 2009, após uma época de sonho, concluída com um feito inédito do Barça "de las seis copas": campeão de Espanha, da Taça do Rei, da Supertaça Espanhola, da Supertça Europeia, da Liga dos Campeões, do Mundial de Clubes. Ufff!!!
O craque que o Barça contratou pelo custo da terapia de crescimento é, hoje, a maior jóia do futebol mundial, segurada por uma cláusula de rescisão de... 250 milhões de euros!!! E é, também, o mais bem pago de todos: o menino pobre do bairro de la Heras é, agora, multimilionário, vencendo qualquer coisa como... 33 milhões de euros anuais em salários e publicidade. Nem em contos...

Lionel Andrés Messi, 25 anos (24/06/1987)

Izilda Rodrigues







quinta-feira, 7 de junho de 2012

Aprendo muito com eles...











Esses pequenos me ensinam todos os dias, lições valiosas como respeito, dignidade, força, determinação, perseverança, compreensão, compaixão, superação, solidariedade, gratidão e, principalmente, amor. Infelizmente uma grande parte da sociedade prefere evitar um convívio mais próximo com pessoas que apresentam  necessidades especiais. Na verdade, essa falta de um contato mais direto, seja por medo do desconhecido, desinteresse ou indiferença, impede o aumento dos ganhos recíprocos e da mútua aprendizagem que esses relacionamentos podem oferecer. Sinto-me privilegiada por estar com eles todos os dias...


Izilda Rodrigues

domingo, 3 de junho de 2012

Como lidar com uma criança autista...



O nascimento de uma criança autista precipita, automaticamente, na família a ideia de que a “criança sonhada” já não existe e que surgiu, no seu lugar, uma criança diferente. (Marques, 2000)

Num primeiro momento, após a confirmação do diagnóstico, assistindo-se, assim, um choque e depressão, traduzidos por uma nítida consciência de perda e uma acentuada diminuição de auto-estima, surgindo-se em muitos casos, sentimentos de negação. Assiste-se, também, a uma “chuva de sentimentos” como a desilusão, a raiva, o protesto, a desconfiança, a culpa, entre outros, até que, progressivamente, procede-se ao ajustamento familiar do novo membro. Essa atitude conduz a uma aceitação, digamos que natural, dependendo também da forma como a família se adapta à deficiência da criança. Por norma, há um período em que os pais se isolam com os filhos, evitando contatos sociais, como que se envergonhando do comportamento da criança e receando a incompreensão dos outros. Entretanto, vem o pânico que decorre de uma sensação de desorientação, perante a incapacidade de lidar com a situação. “Porquê eu?”. É uma pergunta sem resposta, reflexo da revolta e da raiva dirigidas contra si mesmo, contra a criança ou até contra o destino, a má sorte ou até entidades de ordem transcendental. No entanto, com o tempo, os pais vão procurando interiorizar a situação. Aquilo que começa por parecer uma esperança razoável de cura pode mais tarde evoluir no sentido da participação social, de auto – determinação e da auto – estima – por outras palavras, evoluir para a esperança de que a criança pode viver uma vida feliz, produtiva e com significado, a qualquer nível que seja (Ruble e Dalrymple, 1996). A família tem de ser capaz de adaptar o ciclo de vida normal, assim como, as dificuldades e incapacidades que resultam da problemática que o espectro do autismo origina.
A criança autista sente-se mais segura quando há ordem e estrutura. Estabeleça rotinas para o dia-a-dia da criança (hora específicas para o banho, refeições, brincar, deitar, etc.). Avise quando vai existir uma mudança nessas rotinas. Reduza os estímulos distratores durante estas atividades.
Como lidar com uma criança autista ?  Estratégias para Pais  e professores...
  • Em primeiro lugar, explique sempre ao seu filho o que vai fazer e assegure-se que ele lhe presta atenção e que o entendeu. Mesmo as crianças não verbais entendem apesar de não mostrarem que compreenderam. Explique gestualmente o que pretende; 
  • Dê instruções simples e diretas, com frases curtas. Dê o tempo que o seu filho necessita para que processe toda a informação. Fale com calma e tenha paciência. Não o pressione. Mesmo que pareça que ele não o está a escutar, ele está lá; 
  •  Faça perguntas específicas, sem duplos sentidos. Não utilize ironia, sarcasmo ou metáforas; 
  • Recorra a estímulos visuais. Por exemplo, cartões ou livros com imagens podem ajudá-lo a comunicar com o seu filho; 
  • Mantenha todas as divisões da casa organizadas: arrumadas e com os objetos nos mesmos locais; 
  •  Tente agir sempre da mesma forma perante uma dada situação, seja coerente nas regras que estabelece; 
  •  Procure identificar o que motiva as crises de auto-agressão de forma a poder antecipá-las (ex. stress, medo, estimulação excessiva, situações confusas, etc.). Quando ocorrem estas crises pode ser necessário colocar a criança num ambiente seguro e calmo. Abraçar a criança pode acalmá-la. Quando se conseguir baixar os níveis de agitação, deve encorajar o seu filho a regressar ao local onde estava anteriormente; 
  • Quando sai para lugares públicos, evite as horas de maior confusão (por exemplo, se quer ir ao shopping, prefira ir de manha ou ao inicio da tarde). Leve objetos do interesse da criança (livros, brinquedos). 
  • Reforce os comportamentos adequados. 
  • Nunca tente fazer com que o seu filho se sinta ameaçado fisicamente; 
  • Antes de tentar alterar ou eliminar um comportamento desadequado, tente substitui-lo por um comportamento funcional; 
  • As crianças autistas apresentam algumas dificuldades no processamento e integração sensorial, o que vai afetar o desempenho da criança. Estimule a criança. Seja criativo e tenha em atenção os interesses da criança. De seguida apresentarei algumas atividades que podem ser utilizadas por pais ou professores para estimular a criança. São dicas gerais, que podem ser adaptadas para cada criança em particular, tendo em conta a idade e as características comportamentais da mesma: 
  • Brincar em frente ao espelho: Se puser, um espelho que reflita o corpo todo da criança. Sente-se atrás dela e brinque, mostrando o seu cabelo, a sua boca, etc. Dependendo da criança, será necessário segurar a sua mão e ajudá-la a colocar as mesmas no corpo. Faça comentários do tipo, olha (cite o nome dela), olha a mãe/professora. Este exercício ajuda a criar a consciência do eu e dos outros. 
  • Rasgar papel: Inicialmente é comum ficar atrás da criança e segurar nas suas mãos para pegar e rasgar o papel. Comece com pedaços grandes e vá diminuindo aos poucos. Este exercício ajuda na coordenação motora. Entretanto, pode-se inventar uma brincadeira, como juntar os papelinhos e atirar ao ar.  
  • Brincar com massinha: Esta brincadeira auxilia a coordenação, mas, normalmente, as crianças estranham muito. Será necessário insistir passando a massa de um recipiente para o outro com as mão ou com uma colher. ( Ter cuidado para a criança não ingerir a massinha).
  • Pintura com as mãos: Ótimo para estimular, deve mencionar as cores e deixar a criança mexer à vontade. Os trabalhos realizados devem ser expostos e partilhados com outras crianças. 
  • Brincar com latas e bolas: Pegue em três latas de tamanhos diferentes (pequena, média e grande) e faça um furo na tampa de maneira a passar uma bola pequena. Brinque com a criança e coloque as bolas nas latas, reforce sempre as palavras Graaaande, mééédia, pequeeena. Depois empilhe também as latas. 
  •  Dançar: Dançar ajuda muito as crianças. Dance com a criança, invente passos, mesmo que ela pareça não se interessar. Coloque músicas adequadas à sua idade e chame os colegas para fazer uma roda. 
  • Jogar à bola: Tente jogar à bola, se puder chame alguém para ajudar. Se a criança não participa, peça para alguém ficar atrás dela e ajudar a pegar e atirar a bola. 
  • Ligar o rádio: Um ambiente rico em estímulos pode ajudar. Deixe o rádio ligado, não muito alto, se possível numa emissora que toque boa música, e em determinados períodos música clássica. É comuns, os autistas terem preferências por determinados sons, como voz mais grave, como as de locutor. 
  • Só para os pais...
  •  Não altere as suas rotinas diárias e não se isole. Lembre-se sempre que não está sozinho pois pode recorrer ao apoio de familiares, amigos, profissionais de saúde, associações, etc. Seja dinâmico (contate outros pais de crianças autistas) frequente congressos e formações); 
  • Pode procurar informação, mas tenha em atenção que nem o que vê na internet é verdadeiro. Fale com profissionais sobre o autismo. 
  • Dispense algum tempo do dia para si (só 15 minutos pode ser suficiente) e faça algo que goste (ver televisão, jardinagem, exercício físico, um banho relaxante) 
  • Mantenha o seu equilíbrio ocupacional (participação equilibrada nas diversas áreas de ocupação – Atividades da Vida Diária, trabalho e lazer). 




Paulo Freire é declarado patrono da educação brasileira...

O educador Paulo Freire (1921-1997) é oficialmente o Patrono da Educação Brasileira. A homenagem, proposta originalmente pela deputada Luiza Erundina (PSB-SP), foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 13/04 como a Lei 12.612/2012. A Comissão de Educação, Cultura e Esporte Senado (CE) aprovou o projeto (PLC 50/2011) em março deste ano.
Paulo Freire nasceu no Recife em 1921, numa família de classe média, mas devido à crise econômica de 1929 e à morte do pai em 1934, viveu uma adolescência difícil. Apesar disso, conseguiu concluir os estudos e, em 1943, aos 22 anos, ingressou na Faculdade de Direito do Recife. Ele se formou, mas não chegou a exercer a profissão, preferindo dar aulas de língua portuguesa numa escola de segundo grau.

Em 1947, Freire assumiu o cargo de diretor de educação do Serviço Social da Indústria (Sesi), no Recife, quando passou a se interessar pela alfabetização de adultos e pela educação popular. Na década de 1950, foi professor universitário e concluiu o doutorado em Filosofia e História da Educação.

Nos anos 60 trabalhou com movimentos de educação popular e, no governo de João Goulart, coordenou o Plano Nacional de Alfabetização, com objetivo de tirar 5 milhões de pessoas do analfabetismo. Seu método, conhecido como “pedagogia da libertação”, tinha como proposta uma educação crítica a serviço da transformação social.

Em 1964, depois da ascensão dos militares ao poder, Paulo Freire foi preso e exilado. Morou na Bolívia, Chile, Estados Unidos e Suíça. No Chile, em 1968, escreveu sua obra mais conhecida, A pedagogia do oprimido. Ao longo da década de 70, desenvolveu atividades políticas e educacionais em diversos países da África, Ásia e Oceania. Ele só retornou ao Brasil em 1980 com a Anistia.

Filiado ao PT, atuou em programa de alfabetização de adultos do partido. Em 1989, com a eleição de Erundina para a Prefeitura de São Paulo, foi nomeado secretário de Educação, cargo em que permaneceu até 1991. Freire morreu em maio de 1997.
Frases de Paulo Freire:

"Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade."

“Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.”

"Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção."

"Onde quer que haja mulheres e homens,há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender."

"Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino."

"A humildade exprime, uma das raras certezas de que estou certo: a de que ninguém é superior a ninguém."


Para mim ele é o maior educador da história...

Izilda Rodrigues 

sábado, 2 de junho de 2012

Enem 2012 - Direito assegurado

Entendendo a importância dessa informação e diferença que pode fazer para os alunos com Autismo, Dislexia,TDAH, Transtorno Bipolar do Humor e outros, fica aí minha contribuição. Para ler o edital clicar no link abaixo:


Izilda Rodrigues