![]() |
Em busca de igualdade, estamos aqui! |
Vamos iniciar nossa reflexão respondendo a esta importante pergunta. O que é um aluno com necessidades
especiais?
O educando que apresenta desvio da média
considerada padrão para uma faixa etária determinada, para menos ou para mais,
nos aspectos: físico, sensorial e mental.
Alunos com necessidades especiais também são
aqueles que apresentam algum tipo de dificuldade de aprendizado devido a: TDAH,
problemas de linguagem, transtornos comportamentais, distúrbios de
aprendizagem, deficiências múltiplas e síndromes. Alunos superdotados também
são considerados alunos com necessidades especiais.
Apesar disso,
alunos de baixa cognição são capazes de aprender desde que seja a ele ofertado um
atendimento diferenciado e individualizado. Eles têm um aprendizado mais lento,
mas aprendem.
Como lidar com
estes casos, já que em nosso campo raramente estudamos isso na universidade? E como fica o papel do professor diante deste desafio?
Primeiro, os
pais é que devem informar o problema. O professor não deve diagnosticar o aluno. Porém, às vezes, é possível identificar uma
dificuldade com que um aluno lida com certas coisas na sala de aula, e, como
pedagogos, vamos ter que encontrar soluções pedagógicas. Além disso, diante do
diagnóstico um professor deve, acima de tudo, procurar também ajuda
profissional, validada pela instituição onde trabalha. Alguns pais, inclusive,
podem não saber com lidar com um diagnóstico que muitas vezes parece sentenciar
o aluno ao fracasso. A inclusão só será possível mediante um diálogo franco e
aberto entre pais e escola, e suporte intenso da instituição de ensino ao
professor. Também devemos ter muita paciência e compreensão, e sempre
experimentar novas técnicas.
Desafios
Existem muitos
desafios para a educação inclusiva:
* Salas de aula
cheias, com condições nem sempre favoráveis.
* Tempo limitado
e aulas “corridas”, sem tempo suficiente para identificarmos problemas e
pensarmos em soluções para lidar com o aluno e, às vezes, com a família do
mesmo.
* Achar/procurar
estratégias para incluir e envolver essas crianças.
* Descobrir seus
pontos fortes e fracos, múltiplas inteligências, etc.
* Currículo
“apertado”, provas com todo o conteúdo, horário mínimo de aula,
professores com horários cheios.
* Trabalhar com
“avaliações prontas”, que não estão adaptados para estes alunos.
* Prover
condições de trabalho que permitam acomodação às necessidades do aluno.
* Trabalhar com
as expectativas de forma diferente, encontrando uma forma de envolver este
aluno, mas ainda continuando nosso trabalho com os outros alunos.
* Falta de
compreensão de turmas que reclamam da “lentidão” de uma aula que favoreça um
aluno com necessidades especiais.
* Grande esforço
para integrar o aluno à turma e à aula, seguido de avaliação que trata a todos
como iguais.
* Baixa
autoestima destes alunos com necessidades especiais.
Técnicas e dicas
Ter conhecimento
de como o cérebro processa a língua ajuda a personalizar as atividades e
catalisar aprendizagem.
Utilizar elogios
e estabelecer bom relacionamento com o aluno, estabelecer rapport (chamar o
aluno pelo nome, estabelecer contato visual, sorrir, estabelecer relação
amigável, atentar para dúvidas e ter paciência com elas, usar bom humor, etc…).
Alunos que
precisam se movimentar mais durante uma aula – usar como assistente e dar
também um pequeno intervalo para tomar água, para os hiperativos um
brinquedinho bem pequeno que não produz som nenhum (tipo bichinho de pelúcia)
para acalmar, passar conforto.
Demandar que o
aluno produza dentro de sua capacidade de produção. Cada aluno deverá trabalhar
dentro de suas possibilidades (isto é inclusão). Não idealizar e sim aceitar
que nós professores não estamos na sala de aula para criarmos gênios. Temos que
ter MUITA paciência.
Apoio emocional
em casa e na escola. Isso pode ajudar a superar os traumas de ser um aluno
diferente de seus colegas.
Personalização,
observando quando um aluno se sai melhor em sala, com o que ele se sente mais
confortável, se é mais auditivo, sinestésico ou visual.
Conversar com o
coordenador pedagógico, e uma vez tendo o aluno diagnosticado, estabelecer
parceria com os pais com tarefas que sejam a extensão do mundo do aluno em sala
de aula e vice-versa.
Fazer exercícios
em sala de aula, usando habilidades diferentes.
Trabalhar dentro
das possibilidades dos alunos.
Valorizar cada
habilidade que um aluno demonstrar ter para a leitura e histórias…
Incentivar o
aluno a sentar-se próximo ao professor.
Desenvolver
avaliações que ensinem a “olhar a diferença”, e a medir o que o aluno consegue
fazer, ao invés daquilo que ele não consegue fazer.
Conhecer
bastante cada aluno, conversar com eles, e em alguns casos, ter os números de
contato da família sempre à mão.
Contar histórias
pode ajudar disléxicos com leitura/escrita.
Trabalhar a
consciência da turma em relação a alunos com necessidades especiais. Não se
responsabilizar sozinho pela administração da aula, mas compartilhar
necessidades também com outros alunos, incentivando a cooperação.
Estar atento às
dificuldades destes alunos aula após aula.
Inclusão requer
sensibilização da família, escola, colegas de classe, TODOS devem trabalhar
juntos.
Usar sensibilidade durante o planejamento e
avaliação destes alunos.
Em alguns casos
será necessário usar tradução e repetição, e levar outras tarefas para manter
os outros alunos ocupados enquanto damos atenção ao aluno com necessidades
especiais.
Usar gravação de
voz para os exercícios em vez de escrita (para tarefas de casa) e também para
memorização da pronúncia.
Provas podem ser
lidas para o aluno, separadamente do restante da turma, em alguns casos, sendo
que deverão ser adaptadas. O mesmo conteúdo deve ser enfatizado com as devidas
flexibilizações.
Izilda Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário